
EDI, uma sigla para Electronic Data Interchange (Troca Eletrônica de Dados), é a tecnologia de troca de informações via arquivos de texto, entre empresas, dentro de um padrão de escrita e leitura, muito usado, por exemplo, na troca de informações no meio bancário e no meio da logística.
Objetivo do EDI
O EDI foi criado para substituir a troca mecânica de informações recorrentes entre empresas, que antes de davam por papel físico, e-mails sem nenhum padrão, telefonemas, etc.
O idioma EDI
Para entender melhor como o EDI funciona na prática, imagine um idioma, que é uma codificação para que pessoas consigam se comunicar, e este tendo suas palavras para dar significado à mensagem, normas de escrita e de leitura.
Como em um idioma, o EDI usa seus padrões para que um sistema transmita a outros sistemas as informações cabíveis ao processo definido.
Cenários que usam o EDI
Alguns cenários que usam a troca eletrônica de dados são:
Controle de produção na indústria
Fábricas costumam trocar pedidos de matéria prima ou peças com fornecedores usando EDI. Um exemplo disso são as montadoras de veículos, que usam a tecnologia para fazer o pedido das peças aos fornecedores.
Operações financeiras/bancárias
As informações trocadas via EDI entre empresas e bancos compreendem principalmente:
a. Consulta de extratos de contas
b. Ordens de pagamento automáticas (TED/DOC) para pagamento de funcionários ou fornecedores.
Logística
Operações como:
- Controle da cadeia de suprimentos
- Ordens de coleta
- Faturas
- Rastreio das cargas
EDI na logística
Na logística, como citado acima, o EDI é muito presente desde o controle interno dos suprimentos em estoque, até o rastreio das mercadorias, abrangendo toda a cadeia de distribuição.
Também fizemos outro artigo explicando “O que é EDI? Qual sua função no transporte de cargas?“
Nós distribuímos os tipos de arquivos EDI na logística em 5 classificações, na seguinte ordem:
NOTIFIS
Consolidado de NF (notas fiscais), informando à transportadora as cargas que ela deve coletar. Com essas informações das NF, a transportadora vai conseguir, de forma mais automatizada, gerar as CT-e e MDF-e, sem ter que dar entrada manual dessas informações no momento da coleta.
Fluxo de envio: Embarcador → Transportadora
Hoje em dia, com o advento da NF-e (nota fiscal eletrônica), as empresas têm adotado a transmissão dos arquivos XML, que possuem informações mais detalhadas das NF.
OCOREN
Informações enviadas sobre o rastreio/andamento da carga, desde sua coleta até o momento da entrega ao destinatário.
Fluxo de envio: Transportadora → Embarcador
CONEMB
Consolidado de embarque, detalha as CT-e geradas, com o que foi cobrado em cada uma. São com essas informações que é possível ser feita a conciliação de fatura.
Fluxo de envio: Transportadora → Embarcador
DOCCOB
Documento de cobrança, traz a listagem dos CT-e que devem ser faturados contra o embarcador.
Fluxo de envio: Transportadora → Embarcador
PREFAT
Pré fatura com os CTe que o embarcador autoriza para que seja emitida a cobrança.
Fluxo de envio: Embarcador → Transportadora
O EDI ainda é muito presente na atualidade das empresas, mas existem formas atuais muito mais eficazes de troca de informações entre empresas, como por exemplo as API REST, tendo vantagens como alta disponibilidade, velocidade na troca de informações, leitura melhor estruturada das informações, bem como maior facilidade em tratar erros.
Tenho muito orgulho e saber que a Frete Rápido traz tecnologias de ponta como a API REST para transformar o mundo da logística. Veja mais através do artigo escrito pelo nosso CTO, Leonardo Teixeira: “API de Frete: a importância de uma integração como Tecnologia Logística“
Artigo originalmente publicado no Linkedin.