
Boa parte da Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management) consiste na troca de dados de forma rápida e segura. Atualmente é difícil imaginar o gerenciamento da Cadeia de fornecimento sendo executado de maneira eficaz sem depender de EDI ou API.
Embora a API e o EDI sejam utilizados em soluções de software em vários setores, como na logística para e-commerce, eles possuem diferenças. O EDI é mais difundido pelo fato de existir há mais tempo, já a API tem se tornado uma opção poderosa para a transferência de dados. Entendê-las é fundamental para escolher uma solução que mais se adeque às necessidades do negócio.
Inteligência Logística: Como o EDI funciona?
O EDI, Eletronic Data Interchange – Intercâmbio Eletrônico de Dados – é o sistema mais popular para transferência de dados de um sistema para outro, através de formatos padrões pré-definidos, como EDIFACT, ebXML e EDIG @ S que são os principais padrões para setores como logística, transporte e fabricação de produtos.
Em uma operação logística, por exemplo, ele possibilita a comunicação entre um embarcador e um transportador, automatiza tarefas e facilita o processamento de informações pelos sistemas, o que reduz o trabalho manual.
Sua popularidade deve-se ao fato de ser uma das formas mais seguras de transferir informações. Através dele, empresas parceiras podem enviar grandes quantidades de informações ao mesmo tempo em uma única transferência, como dados relacionados a NF-E, CT-e e ocorrências no rastreio para e-commerce.
Esse artifício não é apenas conveniente, ao eliminar boa parte dos trabalhos manuais, o EDI ajuda diretamente a minimizar equívocos operacionais e aumentar a precisão na troca de dados uma vez que, simplifica e padroniza ações para os sistemas serem capazes de entender as informações trocadas.
Inteligência Logística: Como funciona a API?
A API, Application Programming Interface – Interface de Programação de Aplicações – funciona como uma ponte, uma conexão entre programas e sistemas para interagir de forma eficaz, basicamente da mesma forma que uma interface de usuário possibilita que pessoas interajam com computadores. Isso permite que que os sistemas se comuniquem sem que haja intervenção humana.
Em uma loja virtual por exemplo, quando um visitante insere o CEP para receber o cálculo de frete, a plataforma de e-commerce utiliza uma API para enviar informações a Frete Rápido, que realiza os cálculos e retorna com os preços e prazos de frete, para que o visitante prossiga no processo de compra.
Toda essa troca de informações acontece rapidamente, em alguns sites que não utilizam-se da Inteligência Logística o processo pode ser um pouco mais lento, o que em muitos casos, causam o abandono de carrinho. Entretanto, parceiros da Frete Rápido têm seus retornos de cálculos em média 300 milissegundos (a cotação mais rápida do mercado) e opções de frente sem desenvolver integração e contrato com as empresas de transporte. A conexão e a comunicação em tempo real é um ponto que diferencia a API ao compará-la com o EDI. As APIs transferem dados em menos de um segundo, instantaneamente e sem a necessidade de intermediário.
EDI ou API, qual implementar em sua logística?
A API possui aspectos modernos e inovadores que a tem tornado cada vez mais utilizada na Cadeia de Suprimentos, entretanto o EDI ainda é o mais popular, pois consolidou-se ao longo do tempo por causa de sua robustez e confiabilidade. Há muitas aplicabilidades tanto para o EDI quando para a API, portanto, a escolha irá depender da operação de cada empresa.
O EDI é uma tecnologia comprovada e utilizada desde o início dos anos 80. Esse fator pode tornar sua adoção mais conveniente, já que muitas empresas o adotaram. Já a API, é mais recente e menos difundida, todavia seu poder de sincronização e comunicação imediata a tornam uma boa opção, mesmo que ainda não seja o tempo de substituir totalmente o EDI. Com o avanço da tecnologia, isso é apenas uma questão de tempo, um exemplo disso são os dados levantados pela EFT , onde 55% dos entrevistados consideram as APIs como uma alternativa ao EDI, em decorrência de sua flexibilidade e troca mais eficiente de dados.
Independente da empresa prestar serviços B2B ou B2C e utilizar EDI ou API, é imprescindível que ela mantenha sua logística otimizada, com menos trabalhos manuais possíveis e atentando-se para algumas tarefas que podem gerar gargalos na operação. O rastreio por exemplo, onde grande parte das demandas do SAC no e-commerce são devido às solicitações de rastreio e suas respectivas ocorrências, e agravadas quando essas informações são enviadas manualmente por um operador logístico. A API e o EDI têm a capacidade de solucionar esse problema e proporcionam tanto a otimização de tempo do colaborador quanto uma melhoria na experiência de compra do cliente, que terá as informações de sua encomenda sem que precise cobrar a loja virtual.
A satisfação do consumidor com o menor custo possível é o foco de toda a Cadeia de Suprimentos, fabricantes, fornecedores, mecanismos de pesquisa. Este fator tem contribuído para a modernização e automação do mercado, como é o caso do crescimento da Inteligência Logística nas empresas, não somente nas negociações B2C, mas também B2B, que têm buscado soluções como Gateway de Frete, e a conciliação de faturas, com o intuito de reduzir custos operacionais ao passo que fornece ao cliente uma experiência satisfatória.
Texto original: https://selecthub.com/supply-chain-management/edi-vs-api-supply-chain/